a foto de Célia Musilli.
amor expresso
O
amor escreve a encíclica do poente. Breve, inventa e incuti uma
derrisão de palavras: eu te amo, para sempre, minha flor, eternidade.
Our love is like wind. Discurso de rubricas de cigarro, pegadas de
pequenos animais valentes. Amor, prazer
da vida e jogo no cabaré da sorte. Banalidade erótica. Fenda. Fruta.
Gruta dionisíaca. Bacante em transe rítmico, cortejo sinuoso, veias que
se armam de libido até a glória da petit mort.
Amor, cristal em filamentos de caverna, estalactite do esgar masculino, a tara na cara, a língua em delírio ereto: vem, ai, fui. Até a conjugação quando se fecha a porta. E aí, quem se importa? Acabou-se o doce. Perder-se é o avesso de uma linha manuscrita no bilhete de um trem que não volta, meu bem, não volta.
(célia musilli)
foto: paul von borax
Amor, cristal em filamentos de caverna, estalactite do esgar masculino, a tara na cara, a língua em delírio ereto: vem, ai, fui. Até a conjugação quando se fecha a porta. E aí, quem se importa? Acabou-se o doce. Perder-se é o avesso de uma linha manuscrita no bilhete de um trem que não volta, meu bem, não volta.
(célia musilli)
foto: paul von borax
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